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Veganismo: saiba quais os pontos positivos e negativos dessa escolha alimentar!

veganismo

Veganismo é mais do que uma simples escolha alimentar. É uma filosofia e um estilo de vida que busca respeitar os direitos e o bem-estar dos animais, evitando todas as formas de exploração e crueldade contra eles. Mas será que é uma boa escolha para a saúde. Vamos conferir?

O que é veganismo?

Os veganos não consomem nenhum produto de origem animal, seja na alimentação, no vestuário ou em outros aspectos da vida cotidiana. Isso significa que eles não comem carne, ovos, leite, mel ou qualquer alimento que contenha ingredientes animais. Também não usam roupas ou calçados feitos de couro, lã, seda ou outros materiais derivados de animais. E ainda evitam produtos cosméticos, de higiene ou medicamentos que tenham sido testados em animais ou que contenham componentes de origem animal.

Foto Reprodução: Freepik

O veganismo tem se popularizado nos últimos anos, impulsionado por celebridades, influenciadores digitais, documentários e livros que divulgam seus benefícios para a saúde, para o meio ambiente e para os direitos animais. No entanto, essa filosofia também enfrenta críticas e questionamentos sobre sua viabilidade, segurança e sustentabilidade. Será que realmente é uma boa escolha?

Mas quais são os pontos positivos e negativos do veganismo? Será que essa escolha traz benefícios ou prejuízos para a saúde, o meio ambiente e a sociedade? Neste artigo, vamos tentar responder a essas perguntas.

Pontos positivos do veganismo:

  • Valorização da vida animal: os veganos defendem que os animais têm direito à vida, à liberdade e ao bem-estar, e que não devem ser explorados ou mortos para satisfazer os interesses humanos. Ao adotar o veganismo, os veganos contribuem para reduzir o sofrimento e a morte de bilhões de animais que são criados e abatidos para a indústria alimentícia, têxtil, farmacêutica e de entretenimento.
  • Alimentação saudável e rica em nutrientes: uma dieta vegana bem planejada pode oferecer todos os nutrientes essenciais para o organismo humano, como proteínas, ferro, cálcio, zinco, vitamina B12 e outros. Os alimentos vegetais são ricos em fibras, antioxidantes, fitoquímicos e ácidos graxos essenciais, que podem prevenir e tratar diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, obesidade, câncer e doenças cardiovasculares.
  • Preservação do meio ambiente: o veganismo também é uma forma de proteger o planeta, pois a produção animal é uma das principais causas de desmatamento, poluição da água e do ar, emissão de gases de efeito estufa, perda de biodiversidade e desperdício de recursos naturais. Segundo a ONU, a pecuária é responsável por 18% das emissões globais de gases de efeito estufa, mais do que todo o setor de transportes. Além disso, para produzir 1 kg de carne bovina são necessários cerca de 15 mil litros de água, enquanto para produzir 1 kg de grãos são necessários apenas 1.500 litros.

Pontos negativos do veganismo:

  • Carência de vitamina B12: a vitamina B12 é um nutriente essencial para o funcionamento do sistema nervoso central e a formação das células sanguíneas. Ela é encontrada apenas em alimentos de origem animal ou em alimentos fortificados com essa vitamina. Por isso, os veganos devem suplementar essa vitamina regularmente para evitar deficiências que podem causar anemia, fadiga, fraqueza, irritabilidade, depressão e problemas neurológicos.
  • Dificuldade de adaptação social: muitas vezes os veganos enfrentam dificuldades para se adaptar à sociedade que ainda é predominantemente carnista e especista. Eles podem sofrer preconceito, discriminação, incompreensão e até hostilidade por parte de familiares, amigos, colegas de trabalho e desconhecidos. Eles também podem ter dificuldades para encontrar opções veganas em restaurantes, supermercados e outros estabelecimentos comerciais.
  • Necessidade de planejamento alimentar: para seguir uma dieta vegana equilibrada e saudável é preciso ter conhecimento sobre nutrição e planejar bem as refeições. Os veganos devem se informar sobre as fontes vegetais dos nutrientes que normalmente são obtidos dos alimentos animais e buscar variar o cardápio com diferentes tipos de cereais, leguminosas, oleaginosas, frutas e verduras. Eles também devem fazer exames periódicos para verificar se estão com algum déficit nutricional.

Quais os riscos nutricionais que podem ser causados pelo veganismo?

Um dos principais argumentos contra o veganismo é que ele pode causar deficiências nutricionais, especialmente de proteínas, vitamina B12, cálcio, ferro e zinco. Esses nutrientes são encontrados principalmente em alimentos de origem animal e sua falta pode comprometer o funcionamento do organismo e causar problemas como anemia, osteoporose, fraqueza muscular e imunidade baixa.

No entanto, esses riscos podem ser facilmente evitados com uma alimentação vegana bem planejada e equilibrada, que inclua fontes vegetais desses nutrientes ou alimentos fortificados. Além disso, a suplementação de vitamina B12 é indispensável para os veganos, pois essa vitamina só é produzida por bactérias presentes no solo e na água e não é encontrada em quantidades adequadas nos vegetais. A vitamina B12 é essencial para a formação dos glóbulos vermelhos e para o funcionamento do sistema nervoso.

Quais nutrientes são mais comprometidos pelo veganismo?

  • As proteínas são formadas por aminoácidos que o organismo não consegue produzir e que devem ser obtidos pela alimentação. Os alimentos de origem animal contêm todos os aminoácidos essenciais em proporções adequadas, enquanto os vegetais têm quantidades variáveis de cada um. Por isso, os veganos devem combinar diferentes fontes de proteínas vegetais ao longo do dia para garantir o aporte adequado desses aminoácidos. Algumas boas opções são as leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), as oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas), as sementes (chia, linhaça, girassol), os cereais integrais (arroz, aveia, quinoa) e os produtos à base de soja (tofu, tempeh, leite de soja).
  • O cálcio é um mineral importante para a saúde dos ossos e dos dentes e para a contração muscular. Os laticínios são as principais fontes de cálcio na alimentação ocidental, mas os veganos podem obter esse mineral de outras formas. Alguns alimentos vegetais ricos em cálcio são o brócolis, o couve-flor, o espinafre, a couve-manteiga, a rúcula, o agrião, a salsa, o gergelim, a amêndoa e o leite vegetal fortificado.
  • O ferro é um componente da hemoglobina, a proteína que transporta o oxigênio no sangue. O ferro também participa de diversas reações enzimáticas e é importante para o sistema imunológico, a produção de energia e o desenvolvimento cognitivo. A deficiência de ferro pode causar anemia, que se caracteriza por fadiga, fraqueza, palidez, queda de cabelo, unhas frágeis, tontura e maior suscetibilidade a infecções.
  • O zinco é um mineral essencial para o funcionamento do organismo, pois participa de diversas reações enzimáticas, atua na síntese de proteínas e DNA, fortalece o sistema imunológico, auxilia na cicatrização de feridas e na saúde da pele, do cabelo e das unhas. A deficiência de zinco pode causar problemas como atraso no crescimento, perda de cabelo, diarreia, alteração do paladar e maior suscetibilidade a infecções. Os veganos podem ter maior risco de deficiência de zinco, pois os alimentos de origem animal são as principais fontes desse mineral na alimentação. Além disso, alguns alimentos vegetais ricos em zinco, como os cereais integrais e as leguminosas, também contêm fitatos, que são compostos que reduzem a absorção de zinco pelo organismo.

Conclusão

O veganismo é uma opção ética, ecológica e saudável para quem quer viver em harmonia com os animais, a natureza e o próprio corpo. No entanto, ele também exige responsabilidade, informação e cuidado para evitar problemas de saúde e de convivência social. Por isso, é importante buscar orientação profissional e apoio de grupos e organizações veganas antes de aderir a esse estilo de vida.

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