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O que é depressão?

depressão

A depressão é um transtorno psicológico que afeta o humor, a autoestima, o interesse e o prazer pelas atividades cotidianas.

Depressão

A depressão é uma doença séria que interfere na capacidade da pessoa de trabalhar, estudar, dormir, comer e aproveitar a vida. Ela pode ter origem em fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos, e pode ser desencadeada por situações estressantes ou traumáticas, como a perda de um ente querido, o fim de um relacionamento, o desemprego ou o abuso.

A depressão não é apenas uma tristeza passageira ou um sinal de fraqueza. Ela é uma condição médica que precisa de tratamento adequado para evitar complicações como o isolamento social, o abuso de álcool e drogas, o suicídio e outras doenças físicas e mentais.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo, sendo a principal causa de incapacidade e um dos principais fatores de risco para o suicídio. No Brasil, cerca de 5,8% da população tem depressão, o que representa mais de 12 milhões de brasileiros.

Quais são as causas da depressão?

Não há uma causa única para a depressão, mas sim uma combinação de fatores genéticos, biológicos, psicológicos, sociais e ambientais que podem desencadear ou agravar o transtorno. Alguns exemplos são:

  • Ter histórico familiar de depressão
  • Sofrer algum tipo de abuso, violência ou trauma
  • Passar por situações de estresse, luto, separação ou perda
  • Ter outras doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, câncer ou Alzheimer
  • Usar álcool ou outras drogas
  • Ter alterações hormonais, como na gravidez, no pós-parto ou na menopausa
  • Ter baixa autoestima, pessimismo ou culpa excessiva
  • Ter dificuldades financeiras, profissionais ou relacionais

A depressão também pode ocorrer sem um motivo aparente, o que torna ainda mais importante buscar ajuda profissional para identificar e tratar a doença.

Quais são os tipos de depressão?

A depressão pode se manifestar de diferentes formas e intensidades, dependendo dos sintomas e do impacto na vida da pessoa. Alguns dos tipos mais comuns são:

  • Depressão maior: é o tipo mais grave de depressão, caracterizado por pelo menos cinco dos seguintes sintomas por pelo menos duas semanas: humor deprimido na maior parte do dia; perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades; alterações significativas no peso ou no apetite; insônia ou hipersônia; agitação ou lentidão psicomotora; fadiga ou perda de energia; sentimentos de inutilidade ou culpa; dificuldade de concentração ou tomada de decisões; pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
  • Distimia: é um tipo de depressão crônica e moderada, caracterizado por um humor persistentemente baixo por pelo menos dois anos, acompanhado de pelo menos dois dos seguintes sintomas: alterações no apetite ou no sono; baixa energia ou fadiga; baixa autoestima; dificuldade de concentração ou tomada de decisões; sentimentos de desesperança.
  • Transtorno afetivo sazonal: é um tipo de depressão que ocorre em determinadas épocas do ano, geralmente no outono e no inverno, quando há menos luz solar. Os sintomas incluem: humor deprimido; perda de interesse ou prazer em atividades habituais; aumento do apetite e do peso; aumento do sono e da sonolência; irritabilidade; isolamento social.
  • Depressão pós-parto: é um tipo de depressão que afeta algumas mulheres após o nascimento do bebê. Os sintomas podem surgir logo após o parto ou até um ano depois e incluem: humor deprimido; choro frequente; ansiedade; irritabilidade; alterações no apetite ou no sono; dificuldade de se vincular ao bebê; sentimentos de culpa ou inadequação como mãe; pensamentos negativos sobre si mesma, sobre o bebê ou sobre o futuro.
  • Depressão atípica: é um tipo de depressão que se caracteriza por uma melhora temporária do humor em resposta a eventos positivos, mas que persiste com outros sintomas, como: aumento do apetite e do peso; aumento do sono e da sonolência; sensação de peso nos braços e nas pernas; hipersensibilidade à rejeição ou à crítica.
  • Depressão psicótica: é um tipo de depressão que se acompanha de sintomas psicóticos, como alucinações (ver ou ouvir coisas que não existem) ou delírios (ter crenças falsas ou irracionais). Esses sintomas podem estar relacionados a temas de culpa, ruína, doença ou morte.

Quais são os sintomas da depressão?

Os sintomas da depressão podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente envolvem:

  • Sentir-se triste, vazio ou angustiado na maior parte do dia
  • Perder o interesse ou o prazer em atividades que antes eram agradáveis
  • Ter alterações no peso ou no apetite (para mais ou para menos)
  • Ter dificuldade para dormir ou dormir demais
  • Sentir-se cansado, sem energia ou sem motivação
  • Sentir-se agitado, inquieto ou lento
  • Ter dificuldade para se concentrar, pensar ou tomar decisões
  • Sentir-se inútil, culpado, fracassado ou sem esperança
  • Ter pensamentos negativos, pessimistas ou suicidas

Como é feito o diagnóstico da depressão?

O diagnóstico da depressão é feito por um médico psiquiatra ou por um psicólogo, com base na avaliação clínica dos sintomas, do histórico pessoal e familiar e do funcionamento social e ocupacional da pessoa. Não há um exame específico para diagnosticar a depressão, mas podem ser solicitados exames de sangue ou de imagem para descartar outras possíveis causas dos sintomas, como alterações hormonais, anemia, infecções ou tumores.

Como é o tratamento da depressão?

O tratamento da depressão depende do tipo, da gravidade e da causa da doença. Em geral, envolve o uso de medicamentos antidepressivos, que atuam no equilíbrio dos neurotransmissores responsáveis pelo humor, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. Os antidepressivos devem ser prescritos por um médico psiquiatra e usados conforme a orientação, respeitando o tempo necessário para fazer efeito e para serem suspensos.

Além dos medicamentos, o tratamento da depressão também inclui a psicoterapia, que é um processo de conversa com um profissional qualificado (psicólogo ou psiquiatra) que ajuda a pessoa a entender e modificar seus pensamentos, sentimentos e comportamentos que contribuem para a depressão. Existem diferentes abordagens de psicoterapia, como a cognitivo-comportamental, a interpessoal e a psicodinâmica.

Outras formas de tratamento que podem complementar os medicamentos e a psicoterapia são:

  • Atividade física regular: ajuda a liberar endorfinas e outros hormônios que melhoram o humor e o bem-estar
  • Alimentação saudável: contribui para o bom funcionamento do organismo e do cérebro, fornecendo nutrientes essenciais para a saúde mental
  • Terapia ocupacional: estimula a realização de atividades prazerosas e significativas que promovem a autoestima e a autonomia
  • Terapias complementares: como acupuntura, meditação, yoga, massagem e aromaterapia, que podem auxiliar no relaxamento e na redução do estresse
  • Convulsoterapia: também chamada de eletroconvulsoterapia ou eletrochoque, é um procedimento que consiste em induzir uma convulsão controlada por meio de uma corrente elétrica aplicada no couro cabeludo. É indicada para casos graves de depressão que não respondem aos outros tratamentos.
  • Estimulação cerebral: é uma técnica que utiliza campos magnéticos ou elétricos para estimular áreas específicas do cérebro relacionadas ao humor. Pode ser feita por meio de estimulação magnética transcraniana (EMT) ou estimulação cerebral profunda (ECP). É reservada para casos refratários aos outros tratamentos.
  • Psicoterapia: é um processo terapêutico que visa ajudar a pessoa a compreender e modificar seus pensamentos, sentimentos e comportamentos que estão relacionados à depressão. Existem diferentes tipos de psicoterapia, como a cognitivo-comportamental, a interpessoal e a psicodinâmica.
  • Medicamentos: são substâncias que atuam no cérebro para regular os neurotransmissores que estão envolvidos no humor. Os mais usados são os antidepressivos, que podem levar algumas semanas para fazer efeito e devem ser usados sob orientação médica.

A depressão é uma doença que pode ser tratada e curada, mas é preciso buscar ajuda o quanto antes para evitar que ela se torne crônica ou recorrente. Quanto mais cedo se inicia o tratamento, maiores são as chances de recuperação.

Se você ou alguém que você conhece está com depressão, saiba que você não está sozinho e que há esperança. Procure ajuda profissional e conte com o apoio das pessoas que se importam com você. Lembre-se de que a depressão tem solução e que você pode voltar a ser feliz.

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