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Por que Israel sempre esteve em conflito? Entenda!

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A guerra entre Israel e o Hamas é um conflito que envolve questões políticas, religiosas e territoriais.

A seguir, vamos explicar alguns pontos importantes para entender essa situação.

  • A origem da guerra de Israel contra o Hamas remonta à criação do Estado de Israel em 1948, que foi rejeitada pelos países árabes e pelos palestinos, que reivindicam o direito sobre a mesma terra. Desde então, houve várias guerras e tentativas de paz, mas nenhuma solução definitiva.
  • O Hamas é um grupo terrorista islâmico radical que surgiu na Faixa de Gaza em 1987, durante a primeira Intifada, uma revolta popular dos palestinos contra a ocupação israelense. O Hamas não reconhece a existência de Israel e defende a luta armada para libertar a Palestina. Em 2006, o Hamas venceu as eleições legislativas palestinas e assumiu o controle de Gaza em 2007, após um conflito com o Fatah, o partido do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
  • Israel considera o Hamas uma organização terrorista e impõe um bloqueio econômico e militar à Faixa de Gaza desde 2007, restringindo a entrada e saída de pessoas e mercadorias. O Hamas, por sua vez, lança foguetes contra Israel periodicamente, provocando retaliações militares israelenses. Os confrontos mais intensos ocorreram em 2008-2009, 2012 e 2014.
  • O papel dos Estados Unidos na proteção de Israel é de um aliado estratégico e um mediador diplomático. Os EUA são o principal fornecedor de ajuda militar e econômica a Israel, além de vetar resoluções contrárias a Israel no Conselho de Segurança da ONU. Os EUA também apoiam as negociações de paz entre Israel e os palestinos, mas nem sempre conseguem convencer as partes a cederem em suas demandas.
  • Em outubro de 2023, o conflito entre Israel e o Hamas se agravou após um ataque surpresa do grupo palestino, que lançou milhares de foguetes contra Israel, invadiu o território israelense por terra e pelo mar e sequestrou centenas de reféns e ainda assassinou centenas de civis. Israel reagiu com uma ofensiva militar sem precedentes, bombardeando Gaza e ameaçando invadir o território por ar, terra e mar. O objetivo declarado de Israel é eliminar o Hamas e resgatar os reféns. O saldo até agora é de mais de 8 mil mortos, sendo cerca de 6.500 em Gaza e 1.500 em Israel.

Quantas vezes Israel foi atacado, e quanto tempo durou cada conflito.

Israel é um país que está em constante tensão com seus vizinhos árabes e palestinos, e que já enfrentou diversas guerras e ataques desde a sua fundação, em 1948.

Israel esteve envolvido em 16 conflitos armados, sendo 8 guerras declaradas, 2 intifadas, 5 operações militares e 1 guerra civil. Alguns desses conflitos foram:

  • A Guerra árabe-israelense (1948-1949), que ocorreu logo após a declaração de independência de Israel, e que envolveu uma coalizão de países árabes contra o novo Estado judeu. O resultado foi uma vitória de Israel, que expandiu seu território e assinou acordos de armistício com seus adversários.
  • A Guerra do Suez (1956), que foi uma intervenção militar conjunta de Israel, Reino Unido e França contra o Egito, que havia nacionalizado o Canal do Suez. O resultado foi uma vitória militar dos aliados, mas uma derrota política, pois eles tiveram que se retirar sob pressão internacional.
  • A Guerra dos Seis Dias (1967), que foi um ataque preventivo de Israel contra o Egito, a Síria, a Jordânia e outros países árabes, que estavam se preparando para uma ofensiva contra Israel. O resultado foi uma vitória esmagadora de Israel, que conquistou e ocupou os territórios das Colinas de Golã, da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental, da Faixa de Gaza e da Península do Sinai.
  • A Guerra do Yom Kippur (1973), que foi um ataque surpresa do Egito e da Síria contra Israel, no dia mais sagrado do calendário judaico. O resultado foi uma vitória tática de Israel, que conseguiu repelir os invasores e manter as posições conquistadas em 1967, mas também um choque para a sociedade israelense, que percebeu sua vulnerabilidade.
  • A Guerra Civil Libanesa (1975-1985), que foi um conflito interno no Líbano, que envolveu diversos grupos políticos, religiosos e étnicos, além de intervenções estrangeiras de Israel e da Síria. O resultado foi a deposição da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) do Líbano por Israel em 1982, seguida pela retirada israelense em 1985, sob ataques do grupo xiita Hezbollah.
  • A Primeira Intifada (1987-1993), que foi uma revolta popular dos palestinos nos territórios ocupados por Israel, contra a ocupação militar e a colonização israelense. O resultado foi a assinatura dos Acordos de Paz de Oslo em 1993, que estabeleceram a Autoridade Nacional Palestina (ANP) como um governo autônomo nos territórios palestinos, e o reconhecimento mútuo entre Israel e a OLP.
  • A Segunda Intifada (2000-2005), que foi uma nova onda de violência entre israelenses e palestinos, após o fracasso das negociações de paz e a visita do líder da oposição israelense Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém. O resultado foi uma vitória militar de Israel, que construiu uma barreira na fronteira com a Cisjordânia para impedir ataques terroristas palestinos.
  • A Guerra do Líbano de 2006, que foi um conflito entre Israel e o Hezbollah, após o sequestro de dois soldados israelenses pelo grupo libanês na fronteira entre os dois países. O resultado foi um empate militar, com um cessar-fogo mediado pela ONU, que previa o desarmamento do Hezbollah e o reforço da presença internacional no sul do Líbano.
  • A Operação Chumbo Fundido (2008-2009), que foi uma ofensiva militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, após o fim de uma trégua e o aumento dos ataques de foguetes palestinos contra Israel. O resultado foi uma vitória militar de Israel, que reduziu drasticamente os lançamentos de foguetes a partir de Gaza.
  • A Operação Pilar Defensivo (2012), que foi uma nova ofensiva militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, após o assassinato do líder militar do grupo, Ahmed Jabari, e o disparo de mais de 100 foguetes contra Israel em um único dia. O resultado foi uma vitória militar de Israel, que obteve uma cessação temporária dos ataques de foguetes.
  • A Operação Margem Protetora (2014), que foi a maior ofensiva militar de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, após o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses na Cisjordânia e o aumento dos disparos de foguetes contra Israel. O resultado foi ambíguo, com ambos os lados clamando vitória, mas sem alterar significativamente a situação no terreno.
  • O Conflito israelo-palestino de 2021, que foi uma escalada de violência entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, após uma série de confrontos em Jerusalém entre forças israelenses e manifestantes palestinos, que protestavam contra a expulsão de famílias árabes de seus lares no bairro de Sheikh Jarrah. O resultado foi um cessar-fogo, após 11 dias de combates, que deixaram mais de 250 mortos em Gaza e 13 em Israel.
  • A Operação Espadas de Ferro (2023), que é o conflito atual entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que começou após um ataque sem precedentes do grupo islâmico armado contra 22 locais em Israel, por terra e ar, no dia 7 de outubro. O resultado ainda é incerto, mas já há mais de mil mortos dos dois lados .
Foto reprodução: Pexels

Como podemos ver, Israel foi atacado muitas vezes ao longo da sua história, e os conflitos duraram desde alguns dias até alguns anos. A maioria dos ataques veio dos países árabes vizinhos ou dos grupos palestinos que lutam pela independência ou pela destruição de Israel. Os motivos dos ataques são variados, mas geralmente envolvem questões territoriais, religiosas, políticas ou ideológicas. Os conflitos entre Israel e seus inimigos são complexos e não têm uma solução fácil ou pacífica.

Esperamos que este post tenha sido útil para você entender melhor a situação de Israel no Oriente Médio.

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