Pular para o conteúdo

Dermatite atópica: o que é, sintomas, causas e tratamentos!

dermatite atópica

Entenda melhor sobre a dermatite atópica, uma doença inflamatória crônica que afeta várias pessoas em todo mundo.

O que é a dermatite atópica?

A dermatite atópica, também conhecida como eczema atópico, é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta principalmente bebês e crianças, mas que também pode ocorrer em adultos. Ela se caracteriza por ressecamento, coceira, vermelhidão e lesões na pele, que podem se infectar se não forem tratadas adequadamente. A dermatite atópica não é contagiosa e tem um forte componente genético, ou seja, é mais comum em pessoas que têm familiares com a doença ou com outras alergias, como asma e rinite.

Foto Reprodução: Freepik

Como surge a dermatite atópica?

A pele é o órgão responsável por proteger o nosso corpo das agressões do meio ambiente, como micróbios, substâncias irritantes e perda de água. Para isso, ela precisa estar íntegra e hidratada. No entanto, nas pessoas com dermatite atópica, há um defeito em uma proteína da pele chamada filagrina, que faz com que a pele fique mais seca, rachada e permeável. Isso facilita a entrada de agentes irritantes na pele, que ativam o sistema imunológico e provocam inflamação e coceira. Além disso, a pele seca também favorece o crescimento de bactérias, vírus e fungos na superfície da pele, que podem causar infecções secundárias.

Quais são os sintomas da dermatite atópica?

Os sintomas da dermatite atópica variam de acordo com a idade e a fase da doença. Em geral, eles são:

  • Ressecamento da pele;
  • Coceira intensa;
  • Vermelhidão;
  • Descamação;
  • Bolinhas;
  • Feridas;
  • Crostas;
  • Alteração da cor da pele.

As lesões da dermatite atópica costumam aparecer em surtos, ou seja, períodos em que os sintomas se agravam e depois melhoram. Os locais mais afetados também mudam conforme a idade:

  • Nos bebês, as lesões costumam surgir no rosto (bochechas e orelhas), no couro cabeludo e no tronco;
  • Nas crianças maiores, as lesões são mais frequentes nas dobras dos braços e das pernas (cotovelos e joelhos), no pescoço e nas mãos;
  • Nos adultos, as lesões podem ocorrer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nas mãos, nos pés, no pescoço e nas pálpebras.

Como é feito o diagnóstico da dermatite atópica?

O diagnóstico da dermatite atópica é feito pelo médico dermatologista, que avalia os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, bem como a sua história clínica e familiar. Não há um exame específico para confirmar a doença, mas alguns testes podem ser solicitados para descartar outras condições que podem causar lesões na pele ou para identificar possíveis fatores desencadeantes dos surtos de dermatite atópica. Esses fatores podem incluir:

  • Alergias alimentares;
  • Alergias respiratórias;
  • Infecções;
  • Estresse;
  • Mudanças climáticas;
  • Produtos químicos;
  • Tecidos sintéticos;
  • Banhos quentes ou demorados.

Como é feito o tratamento da dermatite atópica?

O tratamento da dermatite atópica tem como objetivos principais controlar os sintomas, prevenir as infecções e melhorar a qualidade de vida do paciente. Ele envolve medidas gerais de cuidado com a pele e o uso de medicamentos tópicos ou sistêmicos, conforme a gravidade da doença.

As medidas gerais de cuidado com a pele incluem:

  • Hidratar a pele diariamente com cremes ou loções específicos para peles sensíveis ou atópicas;
  • Evitar banhos muito quentes ou demorados e usar sabonetes neutros ou syndets;
  • Secar a pele delicadamente, sem esfregar, e aplicar o hidratante logo em seguida;
  • Usar roupas de algodão e evitar tecidos sintéticos ou que possam causar irritação;
  • Manter as unhas curtas e limpas e evitar coçar as lesões;
  • Evitar fatores que possam desencadear ou piorar os surtos de dermatite atópica, como alergias, infecções, estresse, mudanças climáticas, produtos químicos, etc.

Os medicamentos tópicos mais usados para tratar a dermatite atópica são os corticoides e os imunomoduladores, que têm ação anti-inflamatória e reduzem a coceira e a vermelhidão. Eles devem ser aplicados nas lesões conforme a orientação médica, respeitando o tempo e a quantidade indicados. O uso excessivo ou prolongado desses medicamentos pode causar efeitos colaterais, como afinamento da pele, estrias, manchas e infecções.

Os medicamentos sistêmicos são indicados para os casos mais graves ou que não respondem aos tratamentos tópicos. Eles podem ser:

  • Anti-histamínicos: reduzem a coceira e a alergia;
  • Antibióticos: combatem as infecções bacterianas da pele;
  • Antivirais: combatem as infecções virais da pele, como o herpes;
  • Antifúngicos: combatem as infecções fúngicas da pele, como a candidíase;
  • Corticoides orais ou injetáveis: têm ação anti-inflamatória potente, mas devem ser usados por curtos períodos devido aos seus efeitos colaterais;
  • Imunossupressores: diminuem a resposta imunológica exagerada que causa a inflamação da pele;
  • Imunobiológicos: são medicamentos injetáveis que bloqueiam uma substância chamada interleucina 4 (IL-4), que está envolvida na inflamação da pele.

O tratamento da dermatite atópica deve ser individualizado e acompanhado pelo médico dermatologista, que pode ajustar as doses e as combinações dos medicamentos de acordo com a evolução do paciente. Além disso, é importante que o paciente siga as orientações de cuidado com a pele e evite os fatores desencadeantes dos surtos.

A dermatite atópica é uma doença crônica que pode afetar a autoestima e a qualidade de vida das pessoas. Por isso, é fundamental buscar apoio psicológico e social, além de se informar sobre a doença e seus tratamentos. Com o acompanhamento adequado e o cuidado constante com a pele, é possível controlar os sintomas e ter uma vida normal.

Participe do nosso grupo no Facebook ou curta nossa página!

a person holding a cellphone with logo on the screen

Deixe sua sugestão e fale com a gente!

revista omni

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *