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Sabatina de Flávio Dino teve resultado favorável a ele, entenda!

flavio dino

O resultado da sabatina de Flávio Dino pelo Senado foi positivo para o ex-governador do Maranhão, que foi aprovado pela maioria dos senadores para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele recebeu 48 votos favoráveis e 24 contrários, além de duas abstenções. Para entrar no STF, ele ainda precisa ser nomeado pelo presidente da República e tomar posse perante o plenário do tribunal.

A sabatina de Flávio Dino durou cerca de sete horas e meia, e foi marcada por perguntas sobre temas polêmicos, como a Lava Jato, o aborto, as armas, a liberdade de expressão, os direitos humanos, a democracia e o papel do STF. Flávio Dino respondeu com firmeza e equilíbrio, defendendo o diálogo, a tolerância, a independência dos poderes e a Constituição. Algumas frases marcantes de Flávio Dino foram:

  • “Não sou candidato a nada. Sou candidato a ser ministro do Supremo Tribunal Federal. Não tenho compromisso com nenhuma força política, nem com o governo, nem com a oposição. Tenho compromisso com a Constituição.”
  • “A Lava Jato foi um marco importante na história do Brasil, mas não pode ser vista como um fim em si mesma. Ela teve acertos e erros, e cabe ao STF corrigir eventuais excessos ou ilegalidades.”
  • “Sou contra o aborto como regra geral, mas sou favorável à descriminalização em casos excepcionais previstos em lei, como estupro, risco de vida para a gestante ou anencefalia fetal. Essa é uma questão de saúde pública e de direitos humanos das mulheres.”
  • “Sou a favor do controle de armas como forma de garantir a segurança pública e a paz social. Acredito que o porte de armas deve ser restrito aos profissionais habilitados e às situações excepcionais previstas em lei.”
  • “Sou defensor da liberdade de expressão como um direito fundamental, mas não como um direito absoluto. A liberdade de expressão tem limites impostos pela Constituição e pela lei, como o respeito à honra, à imagem, à privacidade e à dignidade das pessoas.”
  • “Sou um defensor dos direitos humanos como uma forma de garantir a igualdade, a justiça e a cidadania para todos. Os direitos humanos não são uma ideologia, mas um princípio constitucional que deve orientar as políticas públicas e as relações sociais.”
  • “Sou um democrata convicto e um republicano fiel. Acredito na soberania popular, na separação dos poderes, na fiscalização dos atos públicos, na transparência das informações e na participação social. O STF tem um papel fundamental na defesa da democracia e da Constituição.”

A favor e contra

Entre os senadores que votaram a favor de Flávio Dino estão: Renan Calheiros (MDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Simone Tebet (MDB-MS), Fabiano Contarato (Rede-ES), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Kátia Abreu (PP-TO), Paulo Rocha (PT-PA), Jean Paul Prates (PT-RN), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Weverton Rocha (PDT-MA) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Entre os senadores que votaram contra Flávio Dino estão: Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (DEM-RO), Alvaro Dias (Podemos-PR), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Lasier Martins (Podemos-RS), Carlos Viana (PSD-MG), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Jorginho Mello (PL-SC), Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e Ciro Nogueira (PP-PI).

Separamos 4 questionamentos que foram feitas durante a sabatina, veja a seguir:

  1. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) questionou o ministro sobre sua posição em relação à prisão após condenação em segunda instância, tema que foi alvo de polêmica no STF nos últimos anos. O ministro respondeu que respeita a decisão atual da Corte, que entende que a prisão só pode ocorrer após o trânsito em julgado da sentença, mas que também reconhece os argumentos favoráveis à execução antecipada da pena, desde que haja uma fundamentação adequada e proporcional para cada caso. Ele disse que, se for confirmado como ministro do STF, irá analisar cada processo com imparcialidade e independência, sem prejulgar nenhuma questão.
  2. A senadora Simone Tebet (PSDB-MS) perguntou ao ministro sobre sua opinião acerca da Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados. O ministro afirmou que considera a lei um avanço para a moralidade pública e para o combate à corrupção, e que ela está em consonância com os princípios constitucionais da probidade administrativa e da soberania popular. Ele disse que, como ministro do STF, irá defender a aplicação da lei conforme o entendimento consolidado pela Corte, que é favorável à sua constitucionalidade e à sua eficácia imediata.
  3. O senador Humberto Costa (PT-PE) indagou o ministro sobre sua visão sobre o papel do STF na defesa dos direitos humanos e das minorias sociais, especialmente diante do avanço de movimentos conservadores e autoritários no país. O ministro declarou que o STF tem uma função essencial na proteção dos direitos fundamentais previstos na Constituição, e que não pode se omitir diante de violações ou ameaças a esses direitos. Ele citou como exemplos as decisões do STF que reconheceram a união estável entre pessoas do mesmo sexo, a descriminalização do aborto em casos de anencefalia fetal, a legalidade das cotas raciais nas universidades públicas e a liberdade de expressão artística e cultural. Ele disse que, como ministro do STF, irá atuar com base nos valores democráticos e republicanos, respeitando a diversidade e a pluralidade da sociedade brasileira.
  4. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) interrogou o ministro sobre sua posição em relação à autonomia dos estados e municípios para adotar medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19, tema que gerou conflitos entre os entes federativos e o governo federal. O ministro respondeu que entende que a Constituição estabelece um sistema de cooperação entre os entes federativos, e que cabe ao governo federal coordenar as ações nacionais de saúde pública, mas sem invadir as competências dos estados e municípios, que têm autonomia para legislar sobre assuntos de interesse local. Ele disse que, como ministro do STF, irá seguir o entendimento majoritário da Corte, que reconheceu a legitimidade das medidas restritivas.

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