A indicação de Flávio Dino, atual ministro da Justiça, para o Supremo Tribunal Federal (STF) tem gerado uma forte reação popular em todo o país.
Abaixo-Assinado
Milhares de pessoas já assinaram um abaixo-assinado contra a nomeação de Dino, que é considerado um político de esquerda com pouca experiência jurídica e que pode comprometer a imparcialidade e a independência da Corte. Além disso, no último domingo (10), houveram manifestações em diversas cidades brasileiras, com o objetivo de pressionar os senadores a rejeitarem a indicação de Dino na sabatina marcada para o dia 13 de dezembro.
Segundo os organizadores, as manifestações são um movimento do povo, sem uma liderança centralizada, mas contam com o apoio e a presença de parlamentares da oposição, como PL-SP), Nicolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Carla Zambelli (PL-SP) e Mauricio Marcon (Podemos-RS). As cidades confirmadas até o momento são: Goiânia, São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Resende, Três Rios, Volta Redonda e Rio de Janeiro.
Os Manifestantes
Os manifestantes afirmam que a nomeação de Flávio Dino para o STF representa uma ameaça à justiça e à democracia no Brasil, pois ele vai atuar como um político na Corte, defendendo os interesses do seu grupo e do presidente Lula. Eles também criticam as polêmicas envolvendo Dino enquanto ministro da Justiça, como a anulação das provas da Lava-Jato, o lobby do Comando Vermelho em seu ministério, a falta de comparecimento em audiências no Congresso e a intimidação aos diretores das redes sociais.
Posição do Governo
A posição do governo sobre a indicação de Dino ao STF é de confiança na aprovação do nome pelo Senado. O presidente Lula defendeu a escolha de Dino como um reconhecimento à sua trajetória pública e jurídica e como uma forma de fortalecer o diálogo entre os poderes. No entanto, o governo enfrenta resistências dentro e fora da base aliada, especialmente após a derrota na votação da PEC dos Precatórios. Auxiliares do governo reconhecem que o ambiente está sensível e que será necessário articular melhor a indicação ao STF para evitar uma nova derrota.